Sinspmar vai utilizar estudo técnico em negociação salarial
Estratégias
relacionadas ao dissídio começam a ser divulgadas em assembleia dos servidores municipais
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Angra dos Reis – Sinspmar
realizou ontem, quinta-feira, 18 de fevereiro, uma assembleia extraordinária
voltada para discutir pautas importantes como ações jurídicas referentes ao
atraso das datas do pagamento, 13º salário – 2015 e 2016 – e a negociação
salarial deste ano, que começa em março.
O evento aconteceu no salão de festas do Posto Texaco – Rua Prefeito
João Gregório Galindo nº 75, Centro –, a partir das 18h. No início, a
vice-presidente do Sinspmar, Andréia Jordão, falou sobre a questão da
contribuição sindical daqueles que já são filiados a outros sindicatos de classe.
Ela explicou que a pessoa que se enquadrar nessa situação tem até o dia 11 de
março para dar entrada ao protocolo na Subsecretaria de Recursos Humanos, de
acordo com informações da Secretaria de Administração. Assim, o servidor vai
ficar livre de uma cobrança indevida.
Andréia também lembrou aos servidores presentes sobre a importância do
recadastramento do funcionalismo, além de afirmar que o convênio do Sinspmar
com uma empresa de telefonia está sendo realizado, mas que o servidor precisa
ter margem disponível para o financiamento da ação.
Em seguida, o presidente do Sinspmar, Siderley Marques falou sobre o
Bancred. Ele afirmou que foram formalizadas à Secretaria de Administração as
reclamações sobre a empresa que administra o cartão, a respeito da falta de
estabelecimentos credenciados. “Do credenciamento obrigatório de
estabelecimentos que aceitam o Bancred, a empresa efetuou até agora apenas 30%,
o que dá abertura à quebra de contrato. Creio que até semana que vem teremos
uma resposta sobre isso, já que a empresa foi notificada.”
Negociação salarial
com números, dados e seriedade
Dois pontos importantes discutidos na assembleia foram as ações jurídicas
cujos advogados do Sinspmar vêm trabalhando, em prol dos direitos do servidor,
e o estudo que a diretoria está efetuando na intenção de fornecer dados
relevantes à negociação salarial que se aproxima.
O jurídico do Sinspmar deu entrada em dois mandados de segurança. Um
relativo ao atraso das datas de pagamento – 0020252-88.2015.8.19.003 – e o
outro relacionado ao pagamento do 13º de 2015 – 0000362-32.2016.8.19.0003. A
novidade fica por conta de um novo mandado, referente à garantia do pagamento
do 13º de 2016 – 0001515-03.2016.8.19.0003. Também foi divulgado que aqueles
que sofreram descontos ligados à greve de 2014 deverão entrar em contato com o
Sinspmar, já que uma ação coletiva em relação ao tema, com parecer favorável,
está em andamento.
O suplente Christiano Alvernaz foi o responsável pela apresentação parcial
dos estudos que vêm sendo efetuados pelo Sinspmar. Foi apresentada ao
funcionalismo presente uma série de tabelas que dão conta do número total de
cargos comissionados – CC’s, externos e internos, da prefeitura e suas
autarquias. São 994 CC’s atualmente, sendo que a promessa de campanha da atual
gestão era trabalhar com um número de 400. O governo não apenas chegou à meta, mais
que a dobrou.
Dos CC’s, 350 são ocupados por cargos efetivos, isto é, servidores de
carreira, enquanto 644 são de livre nomeação e exoneração. O gasto anual da
prefeitura com CC’s é de quase R$ 32 milhões. “É muito mais vantagem para o
poder público nomear cargos para servidores internos do que cargos externos”,
afirmou Christiano Alvernaz, antes de completar. “O estudo ainda não está
completo, mas ele já serve para que os servidores entendam qual é o caminho que
será traçado pelo Sinspmar para pleitear o aumento dos salários dos servidores
de forma séria e compromissada.”
Ainda de acordo com o estudo, o valor estimado quanto à revisão da
remuneração do funcionalismo – apenas cobrindo a perda salarial – é de 14, 64%,
embora ainda não seja a conta oficial. Desse percentual, 4, 64% estão
relacionados ao valor que deveria ter sido acrescido aos 3% oferecidos pela
prefeitura na negociação do ano passado. Os outros 10% são referentes à
inflação dos últimos nove meses.
Após a explanação de uma parte do estudo, os servidores tiveram espaço
para colocar suas dúvidas e questionamentos ao Sinspmar. Uma fala do presidente
do sindicato serviu para dar o tom que o funcionalismo, daqui para frente,
deverá seguir. “Não é hora de dividir, mas sim, de caminharmos juntos. Não podemos
permitir que os salários dos servidores estejam abaixo da inflação, sem nenhum
ganho real”, declarou Siderley Marques.
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