Sinspmar cobra informações sobre o 13º salário
Posicionamento
oficial da prefeitura quanto ao pagamento será dado até o dia 10 de dezembro;
em reunião com integrantes do governo, membros da diretoria também reivindicam
melhorias ao Bancred
Parte da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de
Angra dos Reis – Sinspmar participou na tarde de ontem, terça-feira, 1º de
dezembro, de uma reunião com o secretário de Administração e Desenvolvimento de
Pessoal, Jorge Acílio da Costa Peixoto, e outros membros do governo, para
discutir principalmente o pagamento do 13º salário do funcionalismo público.
O presidente do Sinspmar, Siderley Marques, a vice-presidente, Andréia
Jordão, o segundo secretário Fernando Rezende e o segundo tesoureiro Alexandre
Bittencourt, acompanhados do advogado do sindicato, Bruno Mejdalani, chegaram à
sede da Secretaria de Administração às 14h30. Lá estavam o secretário da pasta,
a subsecretária de Recursos Humanos, Maria Irene Rosa Bernardo e o
subsecretário de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal, André Luís Pimenta.
Depois das considerações iniciais, o presidente do Sinspmar foi direto
ao assunto. “Temos deveres a cumprir. As regras relativas à questão salarial
não estão sendo cumpridas, e os servidores precisam de respostas. A prefeitura
não pode atrasar os salários e o 13º, assim como não pode permitir a questão da
Organização Social – OS. Temos que decidir alguma coisa sobre isso. E rápido:
estamos chegando ao fim do ano, e o tempo é curto”, declarou Siderley, que
também citou o descumprimento com a data do repasse ao sindicato, cobrando que
ele seja efetuado até o quinto dia útil do mês.
Sobre os atrasos referentes aos salários e quanto à data correta do
pagamento do 13º, o secretário de Administração explicou que a prefeita
organizou uma comissão de finanças, e que o grupo vem se reunindo toda a semana
para acompanhar a situação econômica. “Na reunião de ontem – segunda-feira, 30
de novembro –, o governo decidiu a questão do calendário de salários de
novembro. Pelo que eu entendi, a comissão teria mais um encontro, quinta ou
sexta agora, para discutir o 13º”, explicou Jorge Acílio.
Um barril de pólvora
chamado servidor; um pavio intitulado 13º
Após a fala de Acílio, que ainda discorreu sobre as intermináveis
dificuldades financeiras do município, justificando mais um escalonamento nos
pagamentos dos salários, o segundo secretário do Sinspmar pediu a palavra. “Hoje,
a massa de servidores forma um barril de pólvora, e a incerteza quanto ao 13º
salário é o pavio dessa verdadeira bomba”, diz Fernando Rezende.
O secretário de Administração acredita que a licitação de venda da
administtração da folha de pagamento da prefeitura, que acontece na sexta-feira
agora, 4 de dezembro, poderá ajudar a dissipar
os temores quanto ao não pagamento do 13º. Até a data presente não há empecilho
contra a realização da licitação, e a oficialização da própria implica em
pagamento imediato do contrato com o banco. Os bancos que participam da
licitação terão de oferecer um montante mínimo para concorrer, e esse valor,
nas palavras de Jorge Acílio, será oficialmente utilizado para o pagamento do
funcionalismo. Ao ouvir a declaração do secretário de Administração, o segundo
tesoureiro do sindicato frisou. “Acho importante deixar garantido que o valor
da venda da folha de pagamento para determinado banco será exclusivamente
destinado ao pagamento do 13º do funcionalismo. Por escrito, de preferência.”
Conforme dita a legislação, o pagamento do 13º dos servidores tem que
ser efetuado até o dia 20 de dezembro. “Queremos o posicionamento oficial da
prefeitura até o dia 10 deste mês, quando vamos realizar uma assembleia com o
funcionalismo sobre essa pauta específica e outros assuntos”, cobrou Siderley
Marques. O secretário de Administração declarou que a data para a resposta
oficial da prefeitura é viável.
Bancred ganha
licitação e novas metas e regras a cumprir
Outro assunto discutido na reunião foi o cartão Bancred, utilizado pelos
servidores na questão alimentícia. Apesar de inúmeras reclamações quanto à
eficiência do serviço e, principalmente, da aceitação do cartão em
estabelecimentos locais, o grupo responsável por ele venceu a nova licitação, e
vai continuar atuando no município, o que gerou surpresa e curiosidade por
parte do funcionalismo. Como uma empresa que recebe uma enxurrada de críticas
consegue ser novamente escolhida pelo governo?
Jorge Acílio tenta explicar. “O procurador do município entende que o procedimento
de licitação foi correto em relação à escolha do Bancred, que venceu legalmente
com a melhor proposta. De qualquer forma, o novo contrato prevê que o vencedor
instale uma sede no município, e que os servidores, caso queiram, tenham o
direito de ter 100% do valor do benefício divido em dois cartões – 50%
alimentação e 50% refeição – ou manter o montante voltado a apenas uma função.”
O contrato do Bancred acaba no dia 5 de dezembro, com o benefício de
dezembro já incluído. “A partir do dia 1º de janeiro, os cartões dos servidores
serão carregados com a função alimentação. Quem quiser mudar a forma de receber
o benefício – refeição ou 50% de cada função – deverá se dirigir ao RH da
prefeitura, até o dia 10 de dezembro, para efetuar a mudança”, esclarece a
subsecretária de Recursos Humanos.
De acordo com os membros do governo presentes à reunião, a nova
licitação passa a vigorar em janeiro de 2016, assim como as exigências da
prefeitura relacionadas ao serviço oferecido. Entre eles, figuram a obrigatoriedade
de não mais 40, mais 60 estabelecimentos na cidade aceitarem o cartão,
incluindo grandes supermercados. “O responsável pelo Bancred vai ter que
assinar o contrato com as exigências do governo”, garante o secretário de
Administração.
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