Servidores fazem carreata da Monsuaba ao Centro - Grevistas foram à sessão da Câmara pedir CPI e audiência pública das contas do município

Servidores municipais de Angra dos Reis realizaram nesta quinta-feira, dia 14, uma carreata do bairro da Monsuaba até o Centro. O ato foi coordenado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Angra dos Reis (Sinspmar) e é mais um protesto que faz parte da greve da categoria. Os trabalhadores pedem 10,18% de reajuste (o valor corresponde apenas ao índice da inflação anual acumulada, que é de 7,68%, mais 2,5% de ganho real, baseado no PIB de 2013), o fim dos atrasos no pagamento, o abono aos dias parados na greve de 2014 e na atual, além de melhores condições de trabalho em diversas áreas, principalmente na Saúde e Educação.

A carreata é mais uma das ações que o Sinspmar está levando para os bairros, com o objetivo de descentralizar as informações sobre a greve e mobilizar servidores e a população nos diversos pontos do município. O ato reuniu dezenas de trabalhadores e de veículos. A carreata partiu da Monsuaba e circulou nas principais ruas de Jacuecanga e Camorim. Muitos populares aplaudiram, demonstrando adesão ao ato. Ao passar por algumas repartições públicas, os servidores da carreata pediam aos colegas de trabalho que aderissem à greve, lembrando a necessidade de união e de fortalecimento do movimento.

Chegando ao Centro, a carreata circulou pela Rua do Comércio, avenida Júlio Maria e rua Coronel Carvalho, terminando com a chegada dos servidores à Câmara Municipal, para participarem da sessão. O funcionalismo público angrense tem estado presente nas sessões da Câmara durante esta greve, pressionando os vereadores para que tomem iniciativas. Os servidores pedem CPI e audiência pública para investigar e discutir o orçamento municipal e a folha de pagamento.  

A greve, a maior da história dos servidores municipais de Angra, já ultrapassou os 40 dias e segue cada vez mais forte. O movimento já contou com passeatas, ocupação de prédios da prefeitura, ato público com apoio de centrais sindicais, ações cênicas, funeral do Executivo municipal e, agora, também carreata. A programação continua. Nesta sexta, dia 15, às 12h, haverá um aulão no Camorim, para explicar a pais de alunos e à comunidade em geral as razões da greve.






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