Servidores demonstram sua força - Em assembleia, trabalhadores elaboram novas ações para manter a greve

Na assembleia realizada nesta quarta-feira, dia 20, os servidores públicos municipais mostraram sua disposição em manter a greve, continuando a luta pelo reajuste salarial. A liminar judicial que determina o retorno de 100% do efetivo da saúde e de 70% da educação será cumprida, mas não desanimou os trabalhadores. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Angra dos Reis (Sinspmar) vai recorrer da decisão.

O Sinspmar continua fazendo o enfrentamento perante as iniciativas da Prefeitura de Angra contra os servidores públicos. Mas para que seja mantida a legalidade da greve, orienta que os trabalhadores acatem a liminar emitida nesta semana.

É importante ressaltar que esta decisão judicial não invalidou a greve e, portanto, não dá direito à prefeitura de cortar o ponto dos servidores em greve. De fato, a iniciativa do Executivo de recorrer a uma solução judicial acabou beneficiando os trabalhadores, pois a liminar solicita que sejam apresentadas as reivindicações dos servidores e, desta forma, será possível provar que o governo municipal está ferindo a Lei Orgânica de Angra. Na ação, a prefeitura pedia que a greve fosse decretada ilegal, o que não foi o entendimento do desembargador responsável pela liminar. A greve é legal e continua! Na assembleia, os servidores votaram por novas ações de protesto, que farão parte da agenda de atividades da greve.

Os servidores pedem reajuste de 10,18% (o valor corresponde ao índice da inflação anual acumulada, que é de 7,68%, mais 2,5% de ganho real, baseado no PIB de 2013) e a regularização do pagamento dos salários, que estão sendo efetuados com atraso há 11 meses.

Na última reunião com o governo, o secretário de Administração, José Acílio Peixoto afirmou que somente em meados do mês de agosto a prefeitura poderá apresentar alguma posição quanto ao valor do índice de reajuste e quanto aos atrasos no pagamento. Desde o início das negociações, a Prefeitura de Angra vem mantendo sua posição de não oferecer absolutamente nada de reajuste (0%), não tendo apresentado nenhuma contraproposta à reivindicação dos servidores.






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