SINSPMAR e servidores unidos pela valorização

Em reunião, diretores do sindicato e membros da comissão de negociação salarial deixam claro ao governo que precisam de respostas concretas sobre as reivindicações propostas

A sede da Subsecretaria de Treinamento ficou lotada na terça-feira, 10 de março, a partir das 14h30, quando 40 pessoas, entre representantes da prefeitura, servidores e diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Angra dos Reis (SINSPMAR), participaram de uma reunião a respeito da implantação do novo PCCR e da negociação salarial já em curso.

Dentro dos temas citados, o levantamento da situação de cada um dos 37 cargos dentro da prefeitura era um dos mais esperados pelo sindicato e pelos membros da comissão de negociação salarial. O governo acabou frustrando os presentes ao afirmar que não havia feito um estudo referente à totalidade deles. “Temos que fazer na Procuradoria uma análise individual, por cargos. Para hoje seria impossível que nós tivéssemos feito isso, já que é uma novidade para mim, tendo chegado às minhas mãos na sexta-feira. O que temos é a análise de seis categorias”, justificou o procurador geral do município, Maurício Balesdent Barreira.

A primeira secretária do SINSPMAR, Mara Christina M. Freire, comentou a declaração. “É uma lástima, infelizmente. A gente chega aqui querendo discutir todos os cargos e a procuradoria estudou apenas seis, sendo que no dia 31 de outubro de 2014, quando o SINSPMAR entregou o relatório final sobre a conferência relacionada ao PCCR, constavam todos os cargos. Passamos dois anos negociando com a prefeitura e fazendo o nosso dever de casa, discutindo com a nossa base. Já era para esse parecer estar pronto. Estamos no mês de março. O funcionalismo está unido e exige a adequação do PCCR antes que seja aplicado o reajuste da data base.”

A falta de recursos para a implantação de um novo plano de cargos, assim como a inexistência de um consenso do governo perante o PCCR proposto, foram alguns dos motivos elencados pelo procurador e pelo secretário de Administração, Jorge Acílio da Costa Peixoto, quanto à ausência de uma resposta concreta sobre o assunto. “Devemos ter um acerto sobre o plano e acho que a questão de ter um PCCR sendo implantado por fases é bem mais realista”, sugeriu o procurador.

O SINSPMAR sugeriu aos representantes do governo que apresentem dados referentes à verba que a prefeitura tem para o custeio do novo PCCR e um estudo sobre todos os cargos. Também foi relembrada uma proposta de encaminhamento que vem sendo feita há meses, para que outras secretarias participem da discussão sobre o plano de cargos, assim como a própria prefeita. “Compreendo que não temos condição de continuar um diálogo sem a presença da prefeita. Queremos uma data, um compromisso. Não dá mais para engolir qualquer projeto sobre esse assunto sendo enviado à câmara sem o nosso conhecimento”, disse Mara, relembrando o caso do PCCR dos procuradores, cuja aprovação não passou em nenhum momento pelo sindicato.

Ainda durante a reunião, a secretária de Fazenda Antoniela Barbosa Lopes fez algumas considerações sobre as dificuldades orçamentárias e financeiras da prefeitura, que culminaram na publicação de um decreto, em janeiro deste ano, de contingenciamento de despesas.

O SINSPMAR pediu respostas conclusivas sobre a possível implantação do PCCR e sobre as propostas da prefeitura relacionadas à data base. Os representantes do governo ficaram de responder em nova reunião antes da assembleia marcada para o dia 18 de março. Até lá, diretores do sindicato e membros da comissão de negociação salarial continuarão analisando as possibilidades de negociação para o PCCR. Ao final do evento, o secretário de Administração afirmou que espera poder apresentar até o dia 17 de março a proposta da prefeitura quanto ao reajuste ligado à data base.



 
SINSPMAR, servidores e representantes do governo em reunião na Subsecretaria de Treinamento

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